Livro de Receitas

27/12/2013

Outros Doces Chez Lu 2013

Tarte-Surpresa Chez Lu



Um doce presente de Natal

Consoada Antecipada Chez Lu



Rabanadas, Queijos, Figos, Nozes 
& Pão-de-Ló Tradicional
(entre outros)


Mesa Farta num Dia Especial


Natal... é doce!

Encomendas Pão-de-Ló (de Ovar)


I Tentativa 07 Dez 201
II Tentativa Conseguida
* Cliente Satisfeito *
III Experiência Conseguida
(produto final aprovado)
23 Dez 2013



Na mesa... Véspera de Natal
(Cada unidade pesa cerca de 500g)

24/11/2013

Boas Festas 2013 (datas de entrega de encomendas)

Bem-vindos a Chez Lu - um forno online!



Cozinha caseira, saudável e tradicional. Expressão de qualidade com dedicação e empenho na cozinha 
online Chez Lu.


Para dar mais sabor à sua vida e palato, através de receitas familiares e tradicionais, os nossos produtos irão adicionar requinte e qualidade à sua mesa.
O nosso sucesso advém da alta qualidade, higiene e profissionalismo da nossa equipa e das matérias-primas que utilizamos.


Venha saber mais sobre os produtos que temos à sua disposição na nossa página web. Caso pretenda obter mais informações, por favor contacte-nos, chezlu.bocadoce@gmail.com 
Estamos ao seu dispor, para responder às suas necessidades.
Pode encontrar-nos aqui, a partir dos arredores do Porto, zona em que entregamos os nossos produtos ao domicílio quando a quantidade o justifique. Trabalhamos apenas por encomenda, com rigor de prazos acordados e a constante qualidade.

Chez Lu confecciona o doce da Vida...
Com a qualidade, esmero e confecção caseira de todo o ano...


AVISO: 
Apenas até dia 23/12 faremos entrega de encomendas de Pão-de-Ló Tradicional e outras confecções ChezLu, no Grande Porto.
Durante todo o ano aceitamos todo o tipo de encomendas até qualquer data, mas na quadra natalícia fica a ressalva relativamente ao Pão-de-Ló Tradicional.



Rabanadas Vegetarianas / Natal

"Rabanada é um doce de pão de trigo (pão-de-forma, regueifa ou outro) em fatias que, depois de molhadas em leitevinho (no Minho usa-se vinho verde tinto ou branco) ou calda de açúcar, são passadas por ovos e fritas. As rabanadas fazem parte de muitas mesas da consoada em Portugal, e em várias ceias do Brasil. Servem-se polvilhadas com açúcar de canela ou regadas com calda de açúcarxarope de bordo ou mel. Outrora, a palavra "rabanada" era apenas utilizada a norte do rio Mondego e ao mesmo doce atribuía-se, a partir da margem sul do referido rio, o nome de fatia-dourada, ou fatia-de-parida. Em outros países são típicos nas celebrações de Espanha da Quaresma e Semana Santa e em várias partes do México, como Zacatecas.

História

A rabanada aparece documentada no século XV, citado por Juan del Encina: «mel e muitos ovos para fazer rabanadas», ao parecer como prato indicado para recuperar de partos. As primeiras receitas remontam ao livro de cozinha de Domingo Hernández de Maceras (1607) e "Arte de cozina, pastelería, vizcochería y conservería" de Francisco Martínez Motiño (1611). A rabanada era, no inicio do século XX, muito comum nas tabernas de Madrid e servia-se com jarros de vinho "razos").
A associação das rabanadas à quaresma deve-se talvez à necessidade de aproveitar o pão, que durante o tempo que não se comia carne, era por isso menos consumido, mesmo assim sendo produzida a mesma quantidade.

Rabanada tradicional com pau de canela

Variantes


Rabanadas sem ovos nem lácteos.
Existem múltiplas variantes, começando pelo pão, que pode ser corrente ou preparar-se especialmente para elaborar rabanadas, hoje em dia é muito habitual encontrar esta opção nas pastelarias que oferecem um pão enorme em forma de barra (pão de forma) feito com farinha refinada (antes se denominava pão bimbo). Algumas receitas substituem o vinho por leite, e outras prescindem da água, molhando as rabanadas só com mel quente. Com frequência acompanha-se de canela e cravo da Índia. Algumas variantes empregam casca de limão ou de laranja ralada para aromatizar o leite e para o toque final um pouco de açúcar de canela.
Mais recentemente apareceram variedades vegetarianas que substituem o leite de vaca por leite de soja e o ovos por farinhas de grão de bico, farinha de soja ou outras leguminosas.

Variantes internacionais

Na França prepara-se com características similares, o "pain perdu" ("pão perdido"), se bem que não se frite em azeite abundante mas sim numa chapa, conhecendo-se no Reino Unido e países de língua inglesa com "French toast". Em Portugal preparam-se as rabanadas, de forma muito similar às torrijas ou torradas da vizinha Espanha.
Na ColômbiaChile e Equador chamam-se "tostadas francesas"; na Guatemala se chamam "tostadas a la francesa"; e na fronteira norte do México "pan francés". Na Argentina e Uruguai existe um modo simples de elaborar rabanadas (que podem ser chamadas nestes países "torrejas": humedece-se com leite migas de pão comum, e depois forma-se um bolo, passa-se o bolo pela gema de ovo batido e frita-se e cada bolo pode ser polvilhado com açúcar. Na Venezuela já foram conhecidas como "tacones", mas o termo caiu em desuso. Nas Honduras as rabanadas são cozinhadas especialmente para a temporada natalícia, em que, logo depois da fritura, a rabanada é molhada em sumo de fruta ou leite condensado."
IN wikipedia

22/11/2013

A caminho....

...Com o Inverno e o Natal à porta, palato e roupa quente associam-se num relaxar e absorver de mais calorias...




              A mesa está posta!

Parabéns


  • Tarte de Amoras Silvestres 
  • Gelatina Goji
  • Bolo da Zalinka I
  • Bolo de Chocolate c/ ingrediente-surpresa
  • Dois Cheesecakes caseiros
  • Tarte de Grão
  • Bolo da Zalinka II
  • Bolo do Vasco

As "diabruras" chamam as castanhas



Chegaram as castanhas!
"Incluídas habitualmente no grupo dos frutos secos como as nozes, as amêndoas ou as avelãs, que não são exactamente frutos mas antes sementes de frutos secos, as castanhas têm um teor de amido muito superior e uma quantidade de gordura muito inferior ao desses alimentos.
O Outono é a época das castanhas, alimento com antiga tradição na culinária portuguesa e que muitas vezes substituiu a batata e o pão em alturas de escassez, tendo dado origem a uma enorme variedade de pratos na gastronomia tradicional. Embora não houvesse tanta informação como a que dispomos nos dias de hoje, a verdade é que o povo, pela sua vivência, sempre lhe atribuiu importantes propriedades nutritivas. 

Incluídas habitualmente no grupo dos frutos secos como as nozes, as amêndoas ou as avelãs, que não são exactamente frutos mas antes sementes de frutos secos, as castanhas têm um teor de amido muito superior e uma quantidade de gordura muito inferior ao desses alimentos. É essa diferença no teor de gordura que lhes confere também a grande diferença no que toca ao seu valor calórico. Enquanto que as nozes e similares contêm cerca de 550 a 600 calorias (kcal) por 100 gramas, as castanhas apenas fornecem cerca de 180.

Fornecem também vitaminas do complexo B e são uma boa fonte de potássio, mineral com um papel antagonista ao sódio e por isso indicado para combater a hipertensão arterial.

Dos frutos secos a castanha é o único que contém vitamina C, cerca de 50%-60 % da dose diária recomendada, mas que se vai perdendo com o tempo de armazenamento.
Não contém colesterol, aliás como todos os alimentos de origem vegetal.

Possuem quase o dobro do amido das batatas, hidrato de carbono de absorção lenta, o que favorece a sua inclusão na dieta dos diabéticos. No entanto, as castanhas secas, vulgarmente designadas por castanhas "piladas" que têm um teor de água muito reduzido que lhes traz a vantagem de uma muito maior conservação, são menos indicadas para diabéticos uma vez que durante o processo de secagem os amidos vão sendo transformados em açúcares simples, estes sim, mais rapidamente absorvidos pelo sangue.

Não contêm glúten, constituindo por isso também um excelente alimento para celíacos.
São um importante fornecedor de fibras alimentares, que ajudam na motilidade intestinal e contribuem para a diminuição do colesterol sanguíneo.

A sua importância e popularidade são muitas vezes associadas à consagração de um santo, seja ele S. Martinho, S. Simão ou o dia de Todos-os-Santos. E por isso em muitos lados, para o assinalar, organizam-se festas que associam o deguste das castanhas a cantigas à volta da fogueira e brincadeiras que implicam, invariavelmente, o "enfarruscamento" dos convivas. São os magustos.

Mas as castanhas, além de assadas, podem ser confeccionadas de muitas outras maneiras. Desde sopas e purés para acompanhamento de carne ou peixe, incluídas em estufados ou saladas ou como substitutos de outros fornecedores de hidratos de carbono, como as batatas ou o arroz, grande é o cardápio de receitas que deve experimentar. Basta procurá-las na Internet e dar asas à sua imaginação!

Sugestão: fora desta época, pode recorrer às castanhas congeladas, já sem casca, que se cozem em 5 minutos (sem água) no micro-ondas.

Mas, por agora, o melhor é aproveitá-las enquanto estão "quentinhas"!
PAULA VELOSO

Nutricionista e autora de Dietas sem DietaDieta sem Castigo e Peso, uma questão de peso.




Castanha-Portuguesa

“Originária da Europa e da Ásia, onde é bastante cultivada. Adapta-se a diversos tipos de clima, de clima, de temperatura quente. Pode ser propagada por sementes ou enxertia. Os frutos desenvolvem-se no interior de um ouriço, que se abre a partir de Outubro. A castanha-portuguesa é utilizada na culinária e produção de rações para animais.”








A Produção e Comercialização da Castanha em Portugal

“A castanha (Castanea sativa, Mill) foi, durante muito tempo, o principal alimento das populações rurais de montanha. O fruto, considerado na época de inferior qualidade, era um alimento de eleição para os animais domésticos, com reconhecido sucesso na qualidade da carne, particularmente nos suínos.
(...)
A procura crescente deste fruto está associada à sua recente inclusão na gastronomia urbana, sendo utilizadas de maneiras muito diversas: cruas, assadas, cozidas ou fritas, na sopa, com carne, para sobremesas, etc., e inclusivamente começa a ser mais explorada pela indústria alimentar - congelada, pilada, confitada, em calda, em puré, em flocos, etc..

Em Portugal, o Outono e a chegada definitiva do tempo frio são comemorados a 11 de Novembro, dia de São Martinho, em que, um pouco por todo o país, por tradição, se comem castanhas assadas e se bebe vinho novo e água-pé.

No momento da compra, deve ter-se particular cuidado na observação do estado da sua pele, que deve ser bem brilhante e intacta (sem cortes ou gretas). Para conservar em casa, devem ser guardadas em local fresco e seco. É importante que não sejam comprimidas e amaçadas, devendo estar separadas entre si, tanto quanto possível para que não fiquem moídas. Tanto cruas como assadas, as castanhas podem perfeitamente conservar-se num congelador durante cerca de 6 meses.









Deglutir o Verão...



Comidas leves, frutas e tartes de muitas variedades no Verão 2013

O Pão



História
          A origem do pão, por mais que se pesquise, permanece controvertida. Acredita-se que os povos pré-históricos começaram a produzi-lo a, aproximadamente, 10.000 anos atrás. Na antiga Mesopotâmia, as pessoas utilizavam pedras para moer os grãos de cereais; misturando com água, obtinham uma massa que, era cozida sobre o fogo.
Mas, aos egípcios foi atribuída a descoberta do processo fermentativo; a mistura de água e farinha era deixada ao sol até que se formassem bolhas e então assada entre pedras aquecidas. Eles utilizavam esta técnica em 2600 a.C. Os gregos chamavam os egípcios de “arthophagoi” que significa comedores de pão. Os egípcios criaram também o primeiro
forno, e começaram a utilizar diversos tipos de cereais para fazer farinhas e pães. 

          Os gregos, que atribuíam a origem do pão aos deuses deram a ele um carácter sagrado. Nós devemos aos gregos a instituição das padarias como estabelecimentos comerciais públicos, e eles ensinaram isto aos romanos. A grande expansão do pão em Roma causou o nascimento da primeira associação oficial de panificadores. Seus membros gozavam de um status muito privilegiado. Eles eram livres de alguns deveres sociais e isentos de muitos impostos. A panificação tornou-se tão prestigiosa durante o Império Romano, que era considerada no mesmo nível que outras artes, como escultura, arquitectura ou literatura. Até politicamente, as classes dominantes usavam pão para satisfazer o povo e fazê-los esquecer os problemas económicos oriundos da expansão do Império.
           Com o passar do tempo, o pão foi se tornando um alimento praticamente indispensável para o ser humano. Por isso, ele está presente em vários momentos da História, assim como nos costumes de diferentes povos.
A Bíblia relata que os judeus não puderam esperar seus pães levedarem antes da fuga do Egipto, levando assim, um pão de massa pesada e azeda; este episódio é lembrado até hoje como a Páscoa judaica, quando se come o chamado pão ázimo. Também na Bíblia, outro episódio torna o pão um símbolo sagrado, na Ceia, ao dividir o alimento com os apóstolos, Jesus afirmou que cada pedaço daquele pão era o seu próprio corpo.
           Na Europa, era costume a mãe oferecer um pouco de massa de pão em dote para a filha, com a ideia de que esta fizesse isso para sua filha, assim sempre se comeria um bom pão. Conta-se que os irmãos Fleischmann, austríacos, ao visitarem uma irmã nos Estados Unidos, em 1865, ficaram horrorizados com a qualidade do pão. Ao emigrarem definitivamente, dois anos depois, levaram no bolso um pouco do levedo usado na casa da mãe – e iniciaram a indústria de produção do levedo prensado ou desidratado que existe, hoje, no mundo inteiro.

          Hoje, devido ao grande intercâmbio cultural, conhece-se uma infinidade de tipos de pães. Cada povo, cada região do mundo, tem seu pão típico. A baguete da França, o scone da Inglaterra, o parata da Índia, e outros muitos. Com essa variedade de pães, foi necessária e implantação de regras (legislações) para a produção destes.


...E o Verão já feneceu, enquanto novas frutas chegam com o Inverno.
Uvas, figos frescos e dióspiros...


caqui ou dióspiro, fruto do caquizeiro ou diospireiro(Diospyros kaki, L.f.), uma árvore da família Ebenaceae.
O nome «dióspiro» (Diospyros) tem origem no grego dióspuron, que significa «alimento de Zeus», enquanto «caqui» vem do japonês kaki (柿).

É originário da China, sendo muito popular no Japão. Como fruta de calda, contém grande quantidade de água na polpa.



Existem diversas variedades: a vermelha, quando madura, é muito doce e mole e precisa de muito cuidado no transporte para não amassar. Esta variedade é muito consumida em Portugal. A variedade conhecida como caqui-chocolate (no Brasil) é de cor alaranjada e no interior tem riscas cor de chocolate. É mais dura e resistente e não tão doce como a vermelha. Tem poucas calorias (cerca de 80 por 100 g) e possui vitaminas A, B1, B2 e E, além de cálcio, ferro e proteínas.

O caqui é muito cultivado na região sul do Brasil e no estado de São Paulo, particularmente em Itatiba, e em Mogi das Cruzes, conhecida como «Terra do Caqui», pois o fruto dá-se bem em climas amenos e frios (subtropical e temperado). No Brasil, as primeiras variedades do caqui doce foram trazidos por imigrantes japoneses em 1916. Os brasileiros só conheciam o caqui do tipo adstringente, aquele que «amarra a boca».3 É também cultivado em Portugal, nomeadamente na região das Beiras.


31/07/2013


"O poder da comida afrodisíaca"



*O fruto proibido: história bíblica de Adão e Eva 
deu origem à conotação afrodisíaca da maçã




"Algumas pessoas acreditam no poder das comidas afrodisíacas, que aumentam o apetite sexual, outras acham que não passa de lenda e ainda existem aquelas que dizem que a extravagância e o exotismo desses pratos e dos ambientes em que são servidos e consumidos é que são responsáveis pela exaltação dos sentidos.
Os alimentos que são considerados afrodisíacos podem ser divididos em três grupos: os mitológicos e exóticos, os estimulantes que são quimicamente comprovados e os que se associam ao sexo por seu formato. Os primeiros são aqueles que derivam de lendas, como o mel, que era conhecido como o néctar de Afrodite ou “manjar dos deuses”.
Na Grécia, era muito usado em celebrações de casamento: a noiva consumia uma colher de mel, pois eles acreditavam que dessa forma só sairiam palavras doces de sua boca. Vem daí a origem do termo “lua-de-mel”. Entretanto, o mel também está na segunda categoria, graças à presença de vitaminas B e C e de minerais do pólen das flores, que podem estimular a produção de hormonas sexuais.
Outro alimento presente ainda hoje em cerimonias de casamento
é o arroz, que assim como o trigo e o milho, sempre foi considerado símbolo da fertilidade.
Além da maçã, fruto bíblico associado ao pecado de Adão e Eva, a
romã e o marmelo também são considerados frutos do Paraíso,
por isso trazem a mensagem subliminar da tentação. O gengibre, que tem um sabor picante que realça doces, sobremesas e
instiga o amor, também está presente nesse grupo.
No Oriente Médio, a essência de anis era usada para incitar o amor aos recém casados e para curar a impotência. Esse exotismo,
que parece tão distante de nós, ainda pode ser encontrado em receitas na China, como o “pénis de tigre” e “chifre de
rinoceronte”, usados para aumentar o apetite sexual.

* Os alimentos afrodisíacos são capazes de liberar a endorfina no organismo humano e, por isso, causam uma sensação de prazer e bem-estar













O segundo grupo é daqueles alimentos afrodisíacos que têm uma explicação química. É o caso da arginina, um aminoácido encontrado nos lacticínios, na carne e no chocolate, que tem a função de liberar um neurotransmissor: o óxido nítrico, um estimulante. As ostras possuem zinco em grande quantidade, o que facilita a fabricação de testosterona nos homens e nas mulheres. O álcool pertence a esse grupo porque dilata os vasos sanguíneos, fazendo com que o sangue aflua aos genitais, além de ter a função de desinibir, relaxar e alegrar. Mas, em excesso, a bebida alcoólica pode ter efeito contrário. A vitamina B3 encontrada em peixes, espargos e amendoins também têm a capacidade de dilatar os vasos sanguíneos, fazendo com que os genitais se encham de sangue e desse modo todo o corpo reaja. O chocolate é considerado um afrodisíaco químico porque, segundo pesquisas, seu consumo libera endorfinas, capazes de proporcionar uma sensação de bem-estar.



O último grupo é o das comidas que despertam o desejo pelo sexo
porque lembram órgãos sexuais pelo seu formato. Os fálicos são os mais lembrados como pepino, cenoura e banana, mas essa ligação
não é feita só em relação ao genital masculino. O figo, que
em alguns países da Europa significa vulva, e o morango são
usados para atiçar o parceiro. A ostra também entra nessa categoria, por ser considerado o alimento símbolo do sexo feminino.
Na Alemanha medieval, era costume preparar uma torta em forma de vagina para a mulher que estava com a gravidez chegando ao final. Outro exemplo disso, é que os romanos ofertavam à Isís, deusa da lua, pequenos pães semelhantes à vulva. Segundo a nutricionista Viviane Barros, os alimentos afrodisíacos são capazes de liberar a endorfina no organismo humano e, por isso, causam uma sensação de prazer e bem estar. E existem também alguns alimentos que não liberam a endorfina, mas
são capazes de provocar uma maior vascularização do organismo
humano. E quando isso acontece, as pessoas ficam mais excitadas.
Essa é a explicação dada para muitos alimentos consumidos no dia-a-dia, como o chocolate, a pimenta, a banana e o arroz. Ainda de acordo com a nutricionista, a acção dos alimentos não acontece sozinha: “É uma junção. Não adianta dizer que come alimentos afrodisíacos e não acontece nada. É necessário um ambiente todo preparado para isso. Tem de haver clima” - afirma Viviane.

* Alimentos afrodisíacos tipicamente brasileiros

As comidas afrodisíacas tipicamente brasileiras já eram conhecidas
pelos índios. O amendoim, a mandioca, o arroz selvagem, que é um arroz vermelho, são produtos que os guerreiros já usavam com essa função estimulante. Essa visão da comida que dá substância foi passada pelos escravos, que deveriam ser viris para gerar descendentes. Na opinião da nutricionista Viviane Barros, é importante não confundir comida forte com comida gordurosa: “Quando a gente fala que é uma comida forte é um alimento exótico, não se adapta a qualquer paladar. Elimina a fome e deixa a pessoa viril, pela sensação de bem estar”.
Para Viviane Barros, a crença de que carne de coelho e ovos de
codorniz são alimentos altamente estimulantes, gera misticismo.
Pensam na carne do coelho como afrodisíaca porque é um animal
que gera muitos filhotes. Porém, os componentes do alimento não
o caracterizam como estimulante ou não.

(Viviane Barros, nutricionista e professora de Gastronomia da Universidade Estácio de Sá


* Crendice popular é baseada no calor dos alimentos



As garrafadas afrodisíacas, compostas pelos ingredientes mais diversos, estão presentes na cultura popular. Na Feira de São Cristóvão, no Rio de Janeiro, podemos encontrar várias delas
como a “Garrafada para próstata”, que contém ervas, ipê roxo,
jatobá, aroeira, confrei e barbatimão. Outra mais elaborada, a
“garrafada” indicada para praticamente todos os males, como
“impotência sexual, esgotamento físico e mental, desânimo,
cansaço e amnésia em geral”, contém além do jatobá, imburana,
catuaba, cipó cravo, nó de cachorro, marapuama, guaraná em pó e catinga rasteira.
Além das “garrafadas” é vendido a granel pó de amendoim, catuaba, guaraná, canela, pequi, jenipapo, cipó cravo, noz de cola,
ginseng, marapuama, nó de cachorro, ou seja, os elementos
mais diversos que já são considerados estimulantes. Numa outra barraca podemos encontrar o mel com “estimulante afrodisíaco” (como está escrito na embalagem), composto com catuaba, guaraná e nó de cachorro.
Heriberto Seraphin, frequentador da Feira, acredita que há um pouco de folclore nisso, mas conta que certa vez aconteceu um “facto inédito” com ele: ao comer frutos do mar seu
corpo “reagiu”. Alguns comerciantes da feira acreditam que certos ingredientes realmente esquentam: “Temos caldo de sururu, de vatapá e de caranguejo. É gostoso porque dá calor, mas a maioria dos clientes compra por que gostam e não
por que acham que é afrodisíaco”, afirma José Waldecir, gerente
do restaurante Gerimum do Nordeste. Já Gisele Andrade de Oliveira, que trabalha em um dos restaurantes baianos, acha que os temperos usados na comida, como pimenta e canela, é que deixam a comida quente, ou seja, afrodisíaca.
A maioria dos feirantes acredita que uma comida muito apimentada não tem como não deixar uma pessoa bastante estimulada. Ivan Pimenta, do restaurante Pau Grande, diz que ali não tem nenhuma comida estimulante, “só comida pesada do nordeste”.
Mas há quem afirme justamente o contrário, como Waldir
de Souza Santos, que trabalha na Adega do Cupido. Ele acha que
“baião de dois, aipim frito e carne de sol” abrem o apetite sexual:
“Se o sujeito comer um desses pratos, ele levanta, não tem jeito”. Chiquita, dona do restaurante homónimo, de comida do norte, diz que tem até quem coma buchada e ache que é afrodisíaco, o que ela atribui ao calor e à substância do prato. Mas ela insiste que com a bebida a pessoa “esquenta” rapidamente e recomenda uma à base de cachaça e gengibre. Waldir, da barraca de bebidas, indica os licores de canela, nozes, jenipapo e pequi. Este último fruto, aliás, é o mais saudável em nutrientes no mundo. Mas isso não significa que
se deva alimentar apenas dele, deve ser misturado com arroz, frango, ou outras comidas, para ter uma alimentação mais balanceada. Isso faz parte do equilíbrio necessário também para um
bom desempenho sexual.


* A palavra afrodisíaco



A palavra afrodisíaco vem de Afrodite, deusa do amor na mitologia
grega, e é usada desde o século I a.C. Segundo a lenda, esta deusa nasceu da espuma do mar depois do deus Cronos ter castrado seu pai e lançado os genitais na água. Por esse motivo, existe a crença de que todos os alimentos que vêm do mar são afrodisíacos."


CAROLINA MARINO, MARIA LUIZA TOLEDO, 
NATÁLIA PINESCHI E WELLINGTON GUSTAVO
 Brasil * Julho/Dezembro 2006