"Páscoa (do hebraico Pessach,
significando passagem através do grego Πάσχα) é um evento religioso Cristão,
normalmente considerado pelas igrejas ligadas a esta corrente religiosa como a
maior e a mais importante festa da Cristandade.
Na Páscoa os cristãos celebram a
Ressurreição de Jesus Cristo depois da sua morte por crucificação (Sexta-Feira
Santa) que teria ocorrido nesta época do ano em 30 ou 33 dC.
A Páscoa pode cair numa data entre 22
de Março e 25 de Abril. O termo pode referir-se também ao período do ano
canónico que dura cerca de dois meses, desde o domingo de Páscoa até ao
Pentecostes.
Tradições
pagãs na Páscoa
Na Páscoa, é comum a prática de pintar
ovos cozidos, decorando-os com desenhos e formas abstractas; em grande parte
dos países ainda é um costume comum, embora que em outros, os ovos tenham sido
substituídos por ovos de chocolate. No entanto, o costume não é citado na
Bíblia e portanto, este é uma alusão a antigos rituais pagãos. A primavera,
lebres e ovos pintados com runas eram os símbolos da fertilidade e renovação
associados a deusa nórdica Gefjun.
A lebre (e não o coelho) era o símbolo
de Gefjun. Suas sacerdotisas eram ditas capazes de prever o futuro observando
as entranhas de uma lebre sacrificada. Claro que a versão “coelhinho da Páscoa
que trazes p´ra mim?” é bem mais comercialmente interessante do que “Lebre de
Eostre, o que suas entranhas trazem de sorte para mim?” a versão
original desta rima. A lebre de Eostre pode ser vista na Lua
cheia e, portanto, era naturalmente associada à Lua e às deusas lunares da
fertilidade. Seus cultos pagãos foram absorvidos e misturados pelas
comemorações judaico-cristãs, dando início a Páscoa comemorado na maior parte
do mundo contemporâneo."
in Wikipédia
HISTÓRIA DOS OVOS
Foto M.L.C / 2013
O
Domingo de Páscoa é a ressurreição simbolizada pelo ovo, significando o
nascimento – a nova vida.
A
tradição de oferecer ovos vem da China.
No
domingo de Páscoa, ao abrir o seu ovo, lembre-se que a paciência chinesa é
responsável por essa tradição.
Há
vários séculos os orientais preocupavam-se em embrulhar os ovos naturais com
cascas de cebola e cozinhavam-nos com beterraba.
Ao
retirá-los do fogo, ficavam com desenhos mosqueados na casca. Os ovos eram
dados de presente na Festa da Primavera.
Foto M.L.C / 2013
O
costume chegou ao Egipto. Assim como os chineses, os egípcios distribuíam os
ovos no início da nova estação.
Depois
da morte de Jesus Cristo, os Cristãos consagraram esse hábito como lembrança da
ressurreição e no século XVIII a Igreja adoptou-o oficialmente, como símbolo da
Páscoa. Desde então, trocam-se os ovos enfeitados no domingo após a Semana
Santa.
Há
duas versões para explicar a substituição de ovos naturais pelos de chocolate. Uma
delas conta que a Igreja proibia, durante a Quaresma, a alimentação que
incluísse ovos, carne e derivados de leite. Mas essa versão é contraditória,
pois na Idade Média era comum a bênção de ovos durante a missa antes de
entregá-los aos fiéis.
A
hipótese mais provável é o início do desenvolvimento da indústria de chocolate,
por volta de 1828.
·
Ovo de Páscoa
(Foto da Net)
O
Ovo de Páscoa pode ser um chocolate em formato de ovo, geralmente oco e recheado com
bombons ou prémios. Costuma ser envolto por cambiantes papéis laminados, e
distribuído como presente aos amigos e crianças nas festividades da Páscoa Cristã.
Origem
Os
ovos de chocolate ou ovos de Páscoa são uma tradição milenar relacionada ao Cristianismo.
Costumava-se pintar um ovo oco de galinha de cores bem alegres, pois a Páscoa é
uma data festiva que comemora a ressurreição de Jesus Cristo, sendo o ovo um
símbolo de nascimento. Outros povos como os gregos e os egípcios também
coloriam ovos de galinha ocos, porém em datas diferentes.
O
ovo é símbolo bastante antigo, anterior ao Cristianismo, que representa a
fertilidade e a renascimento da vida. Muitos séculos antes do nascimento de
Cristo, a troca de ovos no Equinócio da
Primavera (21 de Março) era um costume que celebrava o fim do Inverno e o
início de uma estação marcada pelo florescimento da natureza. Para obterem uma
boa colheita, os agricultores enterravam ovos nas terras de cultivo.
Quando
a Páscoa Cristã começou a ser celebrada, a cultura pagã de festejo da Primavera
foi integrada na Semana Santa. Os Cristãos passaram a ver no ovo um símbolo da
ressurreição de Cristo.
Colorir
e decorar ovos é um costume também bastante antigo, praticado no Oriente. Nos
países da Europa de Leste, os ortodoxos tornaram-se grandes especialistas em
transformar ovos em obras de arte. Da Rússia à Grécia, os ortodoxos costumam
pintar os ovos de vermelho. Já na Alemanha, a cor dominante é o verde. A
tradição é tão forte que a Quinta-feira Santa é conhecida por Quinta-feira
Verde. Na Bulgária, em vez de se esconder os ovos, luta-se com eles na mão; há
verdadeiras batalhas campais - toda a gente tem de carregar um ovo e quem
conseguir a proeza de o manter intacto até ao fim será o mais bem-sucedido da
família até à próxima Páscoa.
(Foto da Net)
Das
tradições da Europa Oriental, o hábito passou aos demais países. Eduardo I de
Inglaterra oferecia ovos banhados em ouro aos súbditos preferidos. Luís XIV de
França mandava-os, pintados e decorados, como presentes. Isso iniciou a moda de
fazê-los artificiais, de madeira, porcelana e metal, contendo alegres surpresas
aos presenteados. O seu sucessor, Luís XV, presenteou sua amante 33 anos mais
jovem, Madame du Barry, com um enorme ovo, o qual continha uma estátua do
Cupido. Essas tradições inspiraram também Peter Carl Fabergé na criação dos
famosos e valiosos Ovos Fabergé. Os
ovos de chocolate vieram dos pasteleiros franceses que recheavam ovos de
galinha, depois de esvaziados de clara e gema, com chocolate e os pintavam por
fora. Os pais costumavam esconder ovos nos jardins para que as crianças os
encontrassem na época da Páscoa. Com melhores tecnologias, a partir do final do
século XIX, difundiram-se os ovos totalmente feitos de chocolate, utilizados
até hoje.
in Wikipédia
DATA DA PÁSCOA
Para
os Cristãos a Páscoa representa a data da Ressurreição de Cristo e que é uma
continuação da homenagem em memória à saída dos judeus do Egipto. Assim, o dia
da Páscoa é o primeiro domingo depois da Lua Cheia que ocorre no dia ou depois
de 21 Março. Entretanto, a data da Lua Cheia não é a real, mas ocorre após ou
no equinócio da primavera boreal, adoptado como sendo 21 de Março (Concílio de
Nicéia 325 d. C.). A quarta-feira de Cinzas ocorre 46 dias antes da Páscoa e
portanto a terça-feira de Carnaval ocorre 47 dias antes da Páscoa.
GASTRONOMIA PASCAL
- Ovos de Páscoa
· Amêndoas
de Páscoa
(Foto da Net)
São um dos doces mais consumidos na Páscoa em Portugal.
São geralmente formadas por uma amêndoa coberta de açúcar ou chocolate, embora
haja muitas variantes. Antes de ser desenvolvida a produção de açúcar era usual
terem uma cobertura de mel.
A
troca de presentes que ocorre nalgumas regiões (frequentemente de um padrinho
para um afilhado) é também denominada de "dar as amêndoas", sendo
acompanhada de um saco de amêndoas.
·
Colomba Pascal
Colomba Pascal
(Foto da Net)
A
Colomba é um adereço alimentar muito presente na Páscoa. Uma lenda conta que o
rei lombardo Albuíno, raivoso com os problemas da guerra, com a resistência
militar na cidade de Pavia, se acalmou e desistiu de sua vingança depois de
ganhar de um padeiro de Pavia um doce em forma de pomba, preconizando a paz.
Seu sabor é suave e seu preparo é delicado. Seu gosto se diferencia do
Panetone, um pão de receita semelhante, natalino, pelo uso mais acentuado de
cascas de laranja cristalizadas, que substituem as uvas passas de seu irmão.
Sua receita contém mais manteiga e ovos e pode receber cobertura de glacé,
amêndoas ou ainda chocolate aromatizado, apresentando decorações requintadas.
Colomba Pascal
(Foto da Net)
Muitas
histórias estão ligadas aos símbolos da Páscoa, entre elas, a colomba pascal. Ao norte da Itália, em
Lombardia, vilarejo de Pavia, houve uma invasão local do exército de Albuíno, o
rei dos Lombardos. Um confeiteiro do local resolveu preparar um presente para o
invasor. Criou um bolo diferente, preparado com ricos ingredientes e assado no
formato da pomba da paz. Quando recebeu o presente, o invasor ficou encantado
com o sabor do bolo e a sensível ideia e decidiu poupar o vilarejo do ataque. O
bolo simboliza a vinda do Espírito Santo.
A
pomba
ou colomba pascal, um pão doce e enfeitado com a forma de ave, é um
símbolo cristão. A forma de pomba era utilizada muito frequentemente nos
antigos sacrários onde se reservava a Eucaristia. O símbolo eucarístico se
converteu logo no pão doce que costuma ser compartilhado, em alguns países
europeus - especialmente na Itália - no café da manhã de Páscoa e da
"Pasquetta" - a segunda-feira de Páscoa.
·
Folar de Páscoa
Folar de Chaves
(Foto da Net)
O
folar é tradicionalmente o pão da Páscoa em Portugal, confeccionado na base da
água, sal, ovos e farinha de trigo. A forma, o conteúdo e a confecção varia
conforme as regiões de Portugal e vai desde o salgado ao doce, nas mais
diversas formas. Nalgumas receitas é encimado por um ovo cozido com casca.
Particularmente
no nordeste da região de Trás-os-Montes, em Chaves e Valpaços, o chamado folar de Chaves é confeccionado à base
de massa de pão, lêveda e fofa, sendo recheado com carne de porco e de vitela,
presunto, salpicão, linguiça, lombinhos de coelho, de cabrito ou de frango,
entre outros ingredientes possíveis. Na sua confecção, são ainda usados ovos,
banha e azeite.
·
Mona de Páscoa
Mona de Páscoa
(Foto da Net)
A
Mona de Páscoa é um alimento típico da Espanha, principalmente das regiões de
Aragão, Valência, Catalunha e de certas regiões de Múrcia. É uma torta da
Páscoa cuja degustação simboliza que a Quaresma e suas abstinências se
acabaram.