A
origem do pão, por mais que se pesquise, permanece controvertida.
Acredita-se que os povos pré-históricos começaram a produzi-lo a,
aproximadamente, 10.000 anos atrás. Na antiga Mesopotâmia, as pessoas
utilizavam pedras para moer os grãos de cereais; misturando com água,
obtinham uma massa que, era cozida sobre o fogo.
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Mas,
aos egípcios foi atribuída a descoberta do processo fermentativo; a
mistura de água e farinha era deixada ao sol até que se formassem bolhas e
então assada entre pedras aquecidas. Eles utilizavam esta técnica em 2600
a.C. Os gregos chamavam os egípcios de “arthophagoi” que significa
comedores de pão. Os egípcios criaram também o primeiro
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forno, e
começaram a utilizar diversos tipos de cereais para fazer farinhas e
pães.
Os gregos, que
atribuíam a origem do pão aos deuses deram a ele um carácter sagrado. Nós
devemos aos gregos a instituição das padarias como estabelecimentos
comerciais públicos, e eles ensinaram isto aos romanos. A grande expansão
do pão em Roma causou o nascimento da primeira associação oficial de
panificadores. Seus membros gozavam de um status muito privilegiado. Eles eram livres de alguns deveres
sociais e isentos de muitos impostos. A panificação tornou-se tão prestigiosa
durante o Império Romano, que era considerada no mesmo nível que outras
artes, como escultura, arquitectura ou literatura. Até politicamente, as
classes dominantes usavam pão para satisfazer o povo e fazê-los esquecer os
problemas económicos oriundos da expansão do Império.
Com o
passar do tempo, o pão foi se tornando um alimento praticamente
indispensável para o ser humano. Por isso, ele está presente em vários
momentos da História, assim como nos costumes de diferentes povos.
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A Bíblia
relata que os judeus não puderam esperar seus pães levedarem antes da fuga
do Egipto, levando assim, um pão de massa pesada e azeda; este episódio é
lembrado até hoje como a Páscoa judaica, quando se come o chamado pão
ázimo. Também na Bíblia, outro episódio torna o pão um símbolo sagrado, na
Ceia, ao dividir o alimento com os apóstolos, Jesus afirmou que cada pedaço
daquele pão era o seu próprio corpo.
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Na
Europa, era costume a mãe oferecer um pouco de massa de pão em dote para a
filha, com a ideia de que esta fizesse isso para sua filha, assim sempre se
comeria um bom pão. Conta-se que os irmãos Fleischmann, austríacos, ao
visitarem uma irmã nos Estados Unidos, em 1865, ficaram horrorizados com a
qualidade do pão. Ao emigrarem definitivamente, dois anos depois, levaram
no bolso um pouco do levedo usado na casa da mãe – e iniciaram a indústria
de produção do levedo prensado ou desidratado que existe, hoje, no mundo
inteiro.
Hoje, devido ao
grande intercâmbio cultural, conhece-se uma infinidade de tipos de pães.
Cada povo, cada região do mundo, tem seu pão típico. A baguete da França, o
scone da Inglaterra, o parata da Índia, e outros muitos. Com essa variedade
de pães, foi necessária e implantação de regras (legislações) para a
produção destes.
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